Futuro do advogado: tudo que você precisa saber para se preparar

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Por Modelo Inicial
04/02/2021  
Futuro do advogado: tudo que você precisa saber para se preparar - Gestão de Escritório
Quer saber como se preparar profissionalmente para se destacar no mercado? Leia este post e conheça qual será o futuro do advogado!

Neste artigo:
  1. Como será o futuro do advogado?
  2. Qual é o perfil do advogado do futuro?
  3. Quais habilidades um advogado do futuro deve ter?
  4. Qual é o impacto da tecnologia no futuro do advogado?
  5. Quais são as tendências no ramo de advocacia?
  6. Como um advogado deve se preparar para essas tendências?

O Direito é uma ciência ampla e que oferece muitas oportunidades para os profissionais que desejam seguir carreira na advocacia e escolhem atuar em uma ou mais áreas. Trata-se de uma profissão dinâmica e com boas perspectivas para os próximos anos.

Apesar de o mercado apresentar uma grande quantidade de profissionais, fato que aumenta a competitividade entre eles, o futuro do advogado é propício e favorável. Contudo, para isso, o profissional precisa ter um diferencial para se destacar diante da concorrência. É aí que surge a necessidade do estudo e aperfeiçoamento contínuos. Por isso, é importante que o advogado se especialize e adquira sólidos conhecimentos sobre a área na qual escolhe atuar.

Esse cenário se torna ainda mais promissor em decorrência da introdução de tecnologias cada vez mais modernas para facilitar e otimizar a rotina dos advogados. O avanço de ferramentas automatizadas, a proliferação de startups, o desenvolvimento de robôs cada vez mais inteligentes etc. É essencial que o profissional se adapte a essa nova realidade.

Que tal começar a se preparar desde já? Neste artigo, você vai conhecer as principais informações sobre o futuro do advogado. Assim, você vai conseguir descobrir como se preparar melhor para lidar com as novidades que surgem.

Boa leitura!

Como será o futuro do advogado?

A chegada da era digital mudou as expectativas do mercado com relação ao futuro da advocacia. A modernização da rotina do advogado já é uma realidade em praticamente todos os setores do Direito. A introdução de novos sistemas e aplicativos veio para facilitar a vida dos profissionais e promete mudar a forma como os serviços jurídicos são desempenhados no país.

A expectativa é que essa tendência tecnológica se torne cada vez maior. A advocacia 4.0 é a nova maneira de atuação no mercado jurídico, que usa mecanismos de conexão, análise de dados e automação de serviços, sempre respeitando os direitos fundamentais. A implementação de procedimentos modernos abrange desde as tradicionais tarefas administrativas, como o controle do escritório até o monitoramento das finanças e o contato humanizado com os clientes.

O investimento em softwares de gestão e o uso de aplicativos facilitam os procedimentos e tornam a advocacia um setor menos burocrático e complexo. Essas ferramentas proporcionam mais recursos técnicos e são muito úteis para que o advogado consiga ter condições para melhorar a qualidade do seu trabalho. Desse modo, fica mais fácil examinar um caso e apresentar as melhores fundamentações e soluções para obter êxito na demanda, por exemplo.

Qual é o perfil do advogado do futuro?

O uso de tecnologias, como é o caso da Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data e Machine Learning, traz impactos diretos na forma de advogar. Os escritórios de advocacia podem oferecer uma experiência muito mais completa e interessante para os clientes, além de entregar serviços mais completos e elaborados.

Todo esse cenário é muito positivo para os profissionais da advocacia. Com novas portas se abrindo e tantas mudanças acontecendo, o advogado precisa se adequar a esse novo cenário. Nesse sentido, ele precisa seguir as exigências que a nova era digital impõe. Para isso, deve desenvolver competências especiais, como o pensamento crítico, a capacidade para resolver problemas complexos em pouco tempo, habilidade para se comunicar com clareza, saber ter um tom persuasivo etc.

Sendo assim, a exigência é que os advogados desenvolvam habilidades específicas para que possam lidar com essa nova realidade. O advogado do futuro deve apostar as suas fichas em obter uma formação multidisciplinar, o que inclui adquirir conhecimentos jurídicos e também não-jurídicos.

Ele deve ter dinamismo, raciocínio rápido, mindset inovador, criatividade e postura empreendedora. Além de saber como manusear as novas ferramentas tecnológicas que são implementadas para organizar a agenda e tornar o controle dos processos mais fácil.

Diante desse cenário, a transformação digital promove o surgimento de novas "profissões jurídicas". De uma maneira geral, a atuação do advogado pode ser dividida em alguns setores, como:

  • arquiteto jurídico: é o advogado responsável por organizar os documentos e fazer a análise de dados, além de parametrizar e tratar essas informações. O intuito é verificar quais são os padrões que fazem com que a máquina chegue a resultados semelhantes ao desempenho e raciocínio de um ser humano;
  • executor jurídico: é o profissional que tem a função de operar as ferramentas, de modo que elas produzam resultados cada vez mais otimizados;
  • estrategista: ele vai analisar as situações que fazem uma ferramenta tecnológica ser útil e verifica se o setor precisa de mais experiência e aptidão humana.

Não há nenhuma exigência de que o advogado tenha amplos conhecimentos em tecnologia ou programação, por exemplo. É claro que aqueles que sabem alguma coisa, provavelmente, terão mais chances de se destacar perante os colegas de profissão e poderão assumir funções decisivas e de liderança no escritório.

O principal objetivo é entender que a era da transformação digital veio para otimizar a rotina do advogado e não para substituí-lo ou tomar o seu lugar. Afinal, essas ferramentas são introduzidas na área da advocacia não para tornar o trabalho humano obsoleto ou fazer com que ele entre em desuso, mas sim para amenizar a complexidade do universo jurídico e diminuir os impactos negativos causados pelo excesso de demandas.

Além disso, os advogados do futuro devem ter um perfil de compreensão, de modo a entender como funcionam as diferenças geracionais, ou seja, o contraste entre os profissionais mais antigos e experientes e os jovens advogados que iniciam no mercado. Ambos precisam se adequar às novas exigências do mercado.

Quais habilidades um advogado do futuro deve ter?

A implantação de novas tecnologias causa impactos diretos na sociedade e nas relações interpessoais e profissionais que envolvem o Direito. De fato, a transformação digital modificou a maneira como a advocacia é exercida. Sendo assim, o advogado que deseja se destacar no mercado e seguir uma carreira de sucesso deve se voltar para o aperfeiçoamento de suas capacidades e o desenvolvimento de competências específicas.

Conheça, a seguir, as principais habilidades que o advogado do futuro deve ter.

Apresentação pessoal

A imagem do advogado é o seu principal cartão de visitas. Os clientes reparam bastante na forma como o profissional fala, age e se comporta durante um atendimento e até mesmo na maneira como ele se veste.

É notório o fato de que a postura do advogado diz bastante sobre a sua personalidade e conduta na vida profissional. É por isso que o advogado deve prestar atenção na forma como ele se apresenta para o mercado, principalmente nas redes sociais e plataformas jurídicas especializadas, voltadas para advogados.

É importante saber separar a vida pessoal e a profissional, para que isso não interfira na sua imagem e reputação. Essa recomendação é ainda mais importante para jovens advogados e profissionais que ainda não são tão reconhecidos no mercado e precisam de um fator propulsor para ganhar mais visibilidade e se destacar perante os demais colegas. Por isso, saiba gerenciar as redes sociais, sites e blogs para conseguir atrair uma quantidade maior de clientela.

Inteligência emocional

A inteligência emocional é uma habilidade importante para todas as profissões. Quando se trata da advocacia, essa competência ganha ainda maior destaque. Afinal, o advogado costuma lidar com pessoas durante boa parte da sua rotina — clientes, juízes, advogados da parte contrária, colegas de profissão, serventuários que trabalham nas varas de justiça etc.

Por isso, o profissional deve saber controlar as suas emoções para não cometer excessos e acabar malvisto perante o mercado — podendo até mesmo ter que responder por falta de decoro e conduta antiprofissional, dependendo do caso. Portanto, tente manter a calma, transmitir confiança e credibilidade para os seus clientes. Comunique-se de maneira tranquila e com o máximo de transparência possível. Afinal, essas qualidades são muito apreciadas pelos clientes.

Atendimento personalizado

O advogado deve atender os clientes de maneira individualizada e personalizada. É importante estudar sobre as necessidades e os anseios do cliente com relação a determinada demanda. Analise o caso e, só então, forneça uma solução.

Alguns mecanismos auxiliam o advogado a oferecer um serviço de qualidade, como é o caso de chatbots, canais omnichannel e até plataformas que fornecem atendimento digital. Essas ferramentas aumentam a quantidade de clientes e influenciam diretamente na reputação do profissional e na sua rentabilidade.

Capacidade conciliatória

As pessoas buscam os advogados com a intenção de terem um problema solucionado. A expectativa é ter uma solução o mais rápido possível. Em alguns casos, a solução no modo contencioso não parece a opção mais adequada. Existe outra alternativa que costuma trazer resultados positivos, que é por meio de acordos e conciliação.

Nesse sentido, o advogado deve desenvolver a competência específica de saber dirimir conflitos e encontrar os melhores caminhos para obter a satisfação do cliente. Isso significa que é possível resolver o caso sem ter que iniciar uma demanda judicial, seja por meio da oferta de uma compensação e o comprometimento em ressarcir as despesas, por exemplo.

Domínio em novas áreas de atuação

A revolução digital tem originado novas áreas nas quais o advogado pode atuar. É o caso do setor de Compliance, Compliance trabalhista, Governança Corporativa, Direito Digital, Data Protection Officer, Diretor de proteção de dados, advogado especializado em criptomoedas, Blockchain etc.

Essas áreas são recentes e estão em plena ascensão. No entanto, carecem de bons profissionais. Por isso, o advogado inteligente sabe que é um ramo promissor. Esse fenômeno demanda um número crescente de profissionais capacitados e atualizados. Afinal, o Direito ainda não acompanha o ritmo constante das transformações digitais e sociais.

Portanto, o advogado que deseja ter mais possibilidades de sucesso e construir uma sólida carreira deve direcionar a sua atenção a essas novas áreas, fazendo com que ele tenha um diferencial competitivo. O ideal é investir em cursos de pós-graduação, mestrado e outros tipos de cursos, sempre na busca constante pelo aperfeiçoamento profissional.

Conhecimento de visual law

O visual law consiste em tecnologias que ajudam as pessoas a entender, de maneira didática e intuitiva, como funciona a situação jurídica. Assim, os clientes conseguem ter uma visão básica e geral sobre as suas demandas. Isso é possível graças às ferramentas multimídia, que usam recursos de gamificação para proporcionar maior conhecimento aos clientes sobre os seus problemas e oferecer as melhores soluções para o caso, de modo rápido e eficaz.

O visual law tem se tornado uma ferramenta muito útil nos dias atuais, nos quais os clientes, usuários assíduos da internet, buscam informações em tempo real e estão cada vez mais exigentes.

Qual é o impacto da tecnologia no futuro do advogado?

Não é segredo nenhum que o sistema de justiça brasileiro é considerado lento e está abarrotado de processos. Diante desse cenário, a introdução de softwares de gestão e outras ferramentas modernas tem o potencial de otimizar o trabalho do advogado e facilitar o seu dia a dia profissional. Foi-se o tempo quando o advogado tinha que fazer atividades administrativas e burocráticas. Atualmente, a tecnologia veio para simplificar o cotidiano, ao conseguir tornar essas tarefas muito mais eficientes e ágeis.

Na prática, a Inteligência Artificial (IA) agiliza as atividades e faz com que as próprias máquinas se tornem capazes de desempenhar tarefas e tomar decisões embasadas em informações previamente definidas. Sendo assim, os procedimentos de captação de dados, análise de documentos e jurisprudência são otimizados. É possível controlar as movimentações de processos e saber em qual fase se encontram, bem como estipular um prazo de duração até o deslinde da causa.

Um exemplo muito comum é o uso de jurimetria — ciência que consiste na aplicação de estatística e outros métodos quantitativos dentro da área do Direito. Ela consiste em uma análise simples e ágil com o objetivo de trazer um parecer sobre determinadas situações, sendo muito usada de modo integrado com softwares jurídicos.

Essa ferramenta faz uma busca dos processos de determinado tribunal e ajuda a conhecer melhor sobre o posicionamento de juízes e desembargadores. Isso permite que os advogados possam "calcular" as chances de obter êxito em uma determinada demanda. Essa previsão de resultados, em decorrência do cruzamento de dados e do levantamento de precedentes, tem se tornado uma técnica muito eficiente dentro do âmbito da advocacia, a fim de trazer informações muito úteis e relevantes aos advogados.

De qualquer forma, o advogado deve considerar que o uso cada vez mais massivo da tecnologia dentro do âmbito jurídico não será capaz de substituir os advogados. O modus operandi do advogado é único. Nisso, as máquinas não terão a capacidade plena de raciocínio conforme a mente humana. As ferramentas automatizadas servem apenas como uma grande ajuda.

Quais são as tendências no ramo de advocacia?

A advocacia tem sofrido mudanças visíveis e o advogado deve estar atento com relação a essas transformações. A seguir, conheça as principais tendências da tecnologia para o setor da advocacia nos próximos anos.

Audiências virtuais

As audiências online se tornaram uma realidade, especialmente diante da necessidade de isolamento social recomendado como medida para conter o avanço da pandemia de Covid-19. O próprio CNJ editou a Resolução nº 329, que determina os aspectos que devem ser considerados na realização de audiências e atos processuais por videoconferência, em decorrência da pandemia.

De qualquer forma, essa tendência já tinha tudo para se destacar na advocacia. As audiências virtuais são uma forma de otimizar os processos e reduzir os custos com o deslocamento e outras despesas.

No entanto, as audiências devem ser obrigatoriamente presenciais em alguns casos:

  • depoimento de criança e adolescente vítima ou testemunha de violência, caso não seja possível garantir a segurança do mesmo;
  • retratação de representação do ofendido;
  • audiência de custódia que constam nos artigos 287 e 310 do Código de Processo Penal e na Resolução 213 do CNJ.

Reduzir ou acabar com os custos de um escritório físico

Apesar de muitos advogados terem o desejo de ser donos de escritório, gerenciar esse espaço profissional envolve vários custos, como aluguel, luz, água, internet etc. A realidade atual é outra. A migração dos processos físicos para o sistema eletrônico e a popularização do regime de trabalho home office fez com que os advogados necessitem cada vez menos do escritório, podendo trabalhar de casa e em espaços coworking. A maioria dos arquivos pode ser acessada por computadores em ambientes online e canais virtuais.

Montar petições personalizadas e objetivas

Softwares e plataformas de modelos já são uma realidade, reduzindo o tempo de pesquisas sobre o básico. No entanto, cabe ao Advogado o desafio de diferenciar sua peça perante os demais . Para tanto, ser objetivo e organizado para que o julgador veja estritamente o necessário para julgar o processo é essencial.

Receber menos telefonemas de clientes

O advogado tem o dever de manter os clientes bem informados sobre as movimentações dos processos. É comum que eles liguem para tirar dúvidas e perguntar sobre novidades. A tecnologia permite que o cliente seja informado sobre fatos novos que ocorrem durante o âmbito processual, como intimação, juntada de documentos, conclusão e prolação de sentença, por exemplo.

O advogado pode programar o sistema para enviar uma mensagem ao cliente avisando-o sobre novidades processuais ou até mesmo ser avisado por meio do WhatsApp. Outra forma é a implementação de uma plataforma na qual o cliente tenha acesso a todos os andamentos de seu processo.

Como um advogado deve se preparar para essas tendências?

Se você é advogado, deve começar quanto antes a sua preparação para conseguir lidar com as novas tendências da advocacia. Saiba como se preparar para o futuro da advocacia.

Priorize a mobilidade na rotina

A tecnologia trouxe mais mobilidade para o dia a dia do advogado. O uso de sistemas automatizados, a difusão do processo digital, o contrato eletrônico e o certificado digital são elementos que aumentaram a produtividade e proporcionaram todas as condições para trabalhar em qualquer lugar, que não seja no escritório. Esses recursos facilitam o trabalho e proporcionam uma rotina mais flexível e menos burocrática.

Use conceitos e práticas de outras áreas

A advocacia não é mais vista como uma área isolada e engessada. Pelo contrário, essa profissão já usa conceitos e metodologias de outros setores que interagem entre si, como Marketing, Tecnologia da Informação, Psicologia etc. Afinal, a soma de conhecimentos e práticas de vários setores é essencial para que a carreira do advogado e o escritório sejam vistos como referências no mercado e ganhem mais reconhecimento.

Participe da democratização do conhecimento

Produza e compartilhe conteúdos úteis, interessantes e relevantes para o seu público-alvo — clientes e advogados. Atualmente, existe uma imensa quantidade de material disponível para quem deseja adquirir mais conhecimentos sobre determinado assunto. Todo advogado tem o potencial de ensinar sobre algum assunto que ele domina e contribuir para o futuro da advocacia. Isso pode ser feito por meio da disponibilização de conteúdos em perfis de redes sociais, blogs, podcasts etc.

Promova a mentalidade do compartilhamento

A advocacia não é apenas sinônimo de rivalidade e competição entre os profissionais. Não se trata de considerar o advogado como um verdadeiro inimigo profissional. Pelo contrário, é possível construir uma ampla rede de contatos (networking) e conquistar um melhor posicionamento no mercado.

Afinal, um espaço onde todos se apoiam reciprocamente tem maiores chances de os negócios jurídicos ganharem e terem mais sucesso. Contudo, para isso acontecer, é importante ter um mindset de compartilhar seu conhecimento, pois além de ajudar o seu cliente final você começa a se tornar uma referência na área, além de ser uma boa estratégia para aprimorar a sua imagem e reputação profissional.

O futuro do advogado está na transformação digital, que já começou e tem tudo para ganhar cada vez mais espaço dentro da área jurídica. A inclusão de ferramentas tecnológicas modernas na rotina do profissional do Direito é uma realidade que veio para ficar. É por isso que o advogado deve se adaptar a essa nova tendência para que consiga obter reconhecimento na carreira e não ser engolido pela concorrência.

Você está preparado para a nova realidade tecnológica? Que mudanças você já aplicou na sua vida profissional para se tornar um advogado do futuro? Deixe um comentário abaixo contando a sua experiência!

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