Cuidados necessários com ações motivadas pela Calamidade Pública

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Por Modelo Inicial
Há 5 dias  
Cuidados necessários com ações motivadas pela Calamidade Pública - Geral
Veja os cuidados que todo Advogado deve tomar antes de ingressar com qualquer ação motivada por desastres naturais

Neste artigo:
  1. Atente-se a legitimidade da ação para não ser condenado por litigância de má-fé
  2. Verifique a verdadeira situação de seu cliente antes de ingressar com uma ação judicial
  3. Este post foi útil? Compartilhe conosco as principais demandas em situações como estas.

Recentes catástrofes ambientais tem exigido cada vez mais do Advogado diante da necessidade de tutelas urgentes e medidas emergenciais.

Em meio ao clima de pânico, o Advogado tem assumido um papel fundamental de mediador e de facilitador ao acesso a benefícios públicos, que amparam a sociedade em crises como estas.

Por isso, separamos alguns cuidados importantes para observar antes de ingressar com uma ação em fases como esta. Acompanhe!

1. Atente-se a legitimidade da ação para não ser condenado por litigância de má-fé

Diante de uma calamidade pública, inúmeras possibilidades de ações surgiram, tais como:

Essa nova gama de processos surgiu especialmente em razão da situação que estamos vivenciando, na qual muitas pessoas (físicas e jurídicas) enfrentam dificuldades para lidar com o imprevisível, com reflexos nas relações e principalmente financeiras.

Contudo, antes de ingressar com algumas dessas ações, é fundamental que o advogado adote determinadas medidas preventivas para evitar ações temerárias, podendo gerar condenação por litigância de má-fé.

Afinal, a simples alegação de calamidade pública não caracteriza hipossuficiência da parte de forma automática, sendo indispensável a prova de toda e qualquer alegação.

Dessa forma, a primeira conduta esperada é a tentativa real de conciliação, evidenciando o interesse da agir. Demonstrar que a parte tentou de todas as formas entrar num acordo evidencia a boa intencionalidade da ação.

Especialmente em tempos de pânico disseminado pelas redes, em que o sentimento de litígio predomina, o advogado deve adotar determinados cuidados antes de ingressar com uma ação judicial, tais como:

  • sempre prezar pela verdade, com provas robustas de cada argumento e nunca alterar a autenticidade dos fatos a favor de seu cliente;
  • não deduzir, defesa ou pretensão contra texto expresso em lei ou fato incontroverso;
  • evitar proceder de maneira temerária em qualquer ato da ação ou incidente;
  • não utilizar algum instrumento judicial com o objetivo de atingir um fim ilegal;
  • não provocar incidentes sem fundamentos;
  • não interpor algum recurso com intuito meramente protelatório;
  • contentar apenas as decisões nas quais existem justificativas embasadas com provas.

Nesse sentido, cabe aos profissionais do Direito agirem sempre com boa-fé, ou seja, em prol da verdade e da justiça, especialmente em um período delicado de pandemia, a fim de não sobrecarregar o Poder Judiciário com atos desnecessários.

2. Verifique a verdadeira situação de seu cliente antes de ingressar com uma ação judicial

É claro que uma calamidade pública afeta de maneira direta muitas pessoas físicas e jurídicas. Contudo, o advogado precisa se atentar que não são todas as empresas que são afetadas diretamente, sendo fundamental atentar às provas existentes e real situação da parte para evitar o ingresso de uma ação infundada.

Para a renegociação de um contrato de aluguel, por exemplo, é possível ingressar com uma ação para solicitar a rescisão antecipada sem penalidades, utilizando como base o estado de calamidade pública em razão da pandemia, bem como os artigos 393 e 478 do Código Civil, que preveem "caso fortuito ou força maior" e "fato imprevisível e extraordinário" que onerou demasiadamente uma das partes.

Este post foi útil? Compartilhe conosco as principais demandas em situações como estas.

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