Prescrição tributária: saiba como reconhecer

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Por Modelo Inicial
25/09/2023  
Prescrição tributária: saiba como reconhecer - Tributário
Entenda o que é prescrição tributária, saiba como fazer o cálculo do prazo e veja qual é sua base legal.

Neste artigo:
  1. O que é prescrição tributária?
  2. Como contar o tempo da prescrição?
  3. Em qual momento processual é possível alegar a prescrição tributária?
  4. Existe inconstitucionalidade na Lei de Execução Fiscal?
  5. O que é "persecução ad aeternum"?
  6. Sobre o tema, veja um modelo de defesa tributária.

A rotina de todo advogado normalmente é agitada e alterna entre atendimentos, audiências e peticionamentos. Por isso, é adequado contar com mecanismos que possam auxiliar o trabalho e aumentar a cartela de clientes.

Por ser uma profissão que apresenta muitas áreas de atuação, é quase improvável dominar todas as matérias. A prescrição tributária, por exemplo, é um assunto do Direito Tributário que poucos dominam, mas que exibe muita demanda, leia mais!

O que é prescrição tributária?

Prescrição tributária é o prazo que a Fazenda Pública tem para cobrar judicialmente um crédito tributário não pago. Em outras palavras, é o tempo dado ao Fisco para exigir o pagamento de um tributo que não foi recolhido pelo contribuinte.

Esse prazo varia de acordo com a legislação de cada país e com o tipo de tributo. No Brasil, a prescrição tributária é regulada pelo Código Tributário Nacional e pode ser de 5 ou 10 anos, dependendo do caso. Após o prazo prescricional, o crédito tributário não pode mais ser cobrado judicialmente pelo Fisco.

É importante ressaltar que a prescrição não extingue a obrigação do contribuinte de pagar o tributo, mas apenas a possibilidade de cobrança judicial por parte do Estado. Se o devedor ainda tiver débitos tributários em aberto, deverá regularizá-los junto à Receita Federal ou ao órgão tributário competente.

Como contar o tempo da prescrição?

Para fazer o cálculo, é necessário identificar a data em que ocorreu o fato gerador do tributo, que é o evento que dá origem à obrigação de pagá-lo. A partir dessa data, começa a contar o prazo. Por exemplo: se o fato gerador ocorreu em 1º de janeiro de 2010 e o prazo de prescrição é de 5 anos, o prazo final para a cobrança do tributo será 31 de dezembro de 2015.

Vale destacar que a prescrição pode ser interrompida ou suspensa em determinadas situações previstas em lei. Por isso, é necessário avaliar cada caso específico e verificar se não houve interrupção ou suspensão.

Em qual momento processual é possível alegar a prescrição tributária?

A prescrição tributária é uma matéria de defesa que pode ser alegada a qualquer momento do processo. Ou seja, desde a fase administrativa até a fase judicial, em qualquer instância.

Portanto, se o crédito tributário está prescrito, é possível arguir essa questão em sua defesa a qualquer momento. É interessante lembrar que estamos falando de uma questão de ordem pública, que pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Dessa forma, mesmo que o contribuinte não a alegue, o juiz pode reconhecê-la e extinguir o processo sem resolução do mérito.

No entanto, é significativo apresentar argumentos e provas suficientes para evidenciar a prescrição; caso contrário, a alegação poderá ser rejeitada. Em alguns casos, cumpre observar, pode ser mais vantajoso suscitar outras questões de defesa. Entre elas, a ilegalidade do lançamento tributário, a falta de fundamentação ou a nulidade do processo administrativo.

Existe inconstitucionalidade na Lei de Execução Fiscal?

Uma das principais críticas em relação a essa lei é a falta de efetividade dos mecanismos de defesa. Entende-se que as pessoas são cerceadas pelo rigor do processo de execução fiscal.

Por exemplo, a lei permite que o Fisco faça o bloqueio de bens do devedor sem a necessidade de autorização judicial prévia. Portanto, há discussão em relação ao prejuízo do devedor de forma desproporcional.

Outra crítica é a falta de clareza e transparência na determinação dos valores devidos, o que pode gerar cobranças indevidas ou excessivas.

Tem sido apontada também a inconstitucionalidade da chamada "responsabilidade tributária". Ela permite ao Fisco cobrar dívidas fiscais de terceiros que tenham relação com o contribuinte, como sócios de empresas, entre outros casos.

Essas e outras questões têm gerado debates e polêmicas em torno da Lei de Execução Fiscal. Algumas propostas de reforma já foram apresentadas, mas ainda não há consenso sobre as mudanças necessárias para sanar as inconstitucionalidades apontadas.

O que é "persecução ad aeternum"?

A expressão "persecução ad aeternum" significa literalmente "perseguir até o fim dos tempos", ou "perseguir eternamente". No contexto jurídico, essa expressão é utilizada para se referir a um processo judicial que parece não ter fim.

Acontece quando as partes envolvidas continuam a se enfrentar indefinidamente, sem que haja uma solução definitiva para o caso.

Essa situação pode ocorrer quando há recursos judiciais interpostos sucessivamente por uma das partes, ou quando o processo é suspenso por longos períodos. Nesses casos, a persecução ad aeternum pode gerar um desgaste emocional e financeiro para as partes envolvidas, além de causar a sensação de impunidade ou injustiça para a sociedade.

É importante ressaltar que a Justiça deve ser célere e efetiva, de forma que os processos judiciais sejam resolvidos de maneira justa e em um tempo razoável.

Por isso, é fundamental que as partes busquem soluções consensuais, como a negociação ou a mediação. Essa é uma forma de evitar a perpetuação da disputa e garantir a efetividade do sistema de Justiça.

Sobre o tema, veja um modelo de defesa tributária.

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Comentários

prescrição de iptu
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òtimo 
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