Quais são os principais erros cometidos por advogados?

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Por Modelo Inicial
23/07/2019  
Quais são os principais erros cometidos por advogados? - Geral
Quer saber como evitar erros que podem prejudicar sua atuação num processo? Então, leia este post!

Neste artigo:
  1. Não conhecer o processo
  2. Dirigir-se de forma desrespeitosa ao juiz e às partes
  3. Deixar de orientar os clientes
  4. Não conferir o rol de testemunhas antes da audiência
  5. Arguir as testemunhas de forma inadequada
  6. Atrasar-se ou faltar à audiência
  7. Deixar de protestar nas audiências trabalhistas
  8. Desconhecer o rito e os procedimentos da audiência
  9. Elaborar procurações com erros

Quais são os principais erros cometidos por advogados?

Muitos erros cometidos por advogados acontecem pelo fato de os cursos de Direito não os prepararem para a prática no mercado de trabalho ou pelo desconhecimento da rotina de um escritório.

Nesse sentido, quando os profissionais se deparam com o cenário jurídico, acabam executando certos atos viciados que podem influenciar negativamente o resultado do processo no qual estão atuando, prejudicando o cliente e a própria carreira.

Pensando nisso, separamos algumas das principais falhas cometidas por advogados para que você possa evitá-los. Confira!

1. Não conhecer o processo

Sem o conhecimento prévio do processo, a defesa pode se tornar impraticável. Por exemplo, ao estar despreparado para a audiência, você pode adotar estratégias erradas ou perder chances que podem influenciar no resultado e reduzir as possibilidades de uma sentença favorável.

Então, não deixe de estudar o caso. Se não for possível ler todas as peças, pelo menos faça a leitura das principais. Assim, poderá formular a estratégia adequada de atuação, formular as perguntas adequadas em audiência, conduzir um eventual acordo de forma eficaz ou tomar qualquer medida importante para a defesa dos interesses dos clientes.

2. Dirigir-se de forma desrespeitosa ao juiz e às partes

O respeito é um direito e dever de cada pessoa, e dentro da audiência não é diferente. No âmbito jurídico, algumas formalidades são tão importantes quanto o próprio comportamento. Discordâncias acontecerão, mas nesse momento mantenha a calma, tratando todas as partes com cortesia.

Não deixe que questões pessoais sejam confundidas ao longo da sessão. Além disso, ao descrever os fatos numa petição inicial, tome todo cuidado para ser estritamente profissional e não permitir que o lado emocional interfira no trabalho.

3. Deixar de orientar os clientes

Deixar de orientar o cliente também é um erro comum que acontece, na maioria das vezes, pela rotina atarefada dos profissionais. No entanto, o total desconhecimento por parte do cliente pode fazer com que ele fique perdido e comprometa a audiência. Dessa forma, é essencial explicar detalhadamente e da maneira mais clara possível todas as fases do processo, sobre a necessidade de ter controle emocional na audiência e da importância de falar a verdade em seu depoimento.

lembre-se de formalizar as principais informações, como data, local e hora da audiência isso pode ajudar a evitar possíveis dores de cabeça. Elaborar uma carta convite para comparecimento em audiência é uma boa alternativa.

4. Não conferir o rol de testemunhas antes da audiência

Uma falha é não verificar antes da audiência quais são as testemunhas arroladas e deixar de conversar com seu cliente a respeito de como cada uma delas pode colaborar para a demanda. Quando você deixa de fazer isso, não pode se preparar para eventuais contraditas da testemunha ou elaborar perguntas prévias, ficando suscetível a surpresas que podem não ser tão agradáveis.

Por exemplo, nas audiências trabalhistas, uma dica é: antes do arrolamento das testemunhas, procura saber quem são e busque definir o envolvimento de cada testemunha ao que agrega ao processo, evitando trazer informações contraditórias ao alegado.

5. Arguir as testemunhas de forma inadequada

É importante ter em mente que os indícios não servem, necessariamente, como comprovações fiéis até que quem de direito julgue o contrário. A falta de cautela nessa hora pode fazer com que suas palavras tenham consequências desastrosas.

Fique atento para fazer colocações oportunas com base no estudo apurado e conhecimento profundo do processo, para agregar e enriquecer sua defesa.

Tome sempre cuidado para não cometer falsas acusações sem provas, as quais podem gerar responsabilização do próprio advogado por difamação ou mesmo litigância de má fé. Como precaução, sugerimos sempre obter um Termo de Veracidade das informações obtidas junto ao cliente para evitar estes riscos.

6. Atrasar-se ou faltar à audiência

Conforme o artigo 362, parágrafo 3º do Novo CPC, caso ocorra atraso injustificado superior a 30 minutos, a audiência poderá ser adiada, mediante requerimento de redesignação de audiência. Por outro lado, se acontecer algum imprevisto com você ou com seu cliente, é preciso que você comprove justa causa para tanto, sob pena de graves reflexos ao processo.

Este risco ocorrer por redação do CPC, que prevê em seu Art. 334, § 8º, que "o não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa", além dos efeitos da revelia dispostos na lei dos Juizados Especiais e na CLT. Por tais motivos, certifique-se que o cliente esta bem orientado sobre o local e horário e programe-se para chegar à audiência com antecedência.

Mas, se o atraso for inevitável, manifeste-se o quanto antes!

7. Deixar de protestar nas audiências trabalhistas

Entre as falhas cometidas por advogados em processos trabalhistas, está a falta experiência para lidar com algumas eventualidades.

Tem-se por exemplo, a irrecorribilidade das decisões interlocutórias, sendo cabível, no entanto, ao Advogado protestar na primeira oportunidade que vier ao processo, o que ocorre geralmente em audiência. Dessa forma, diante da surpresa que eventuais documentos podem causar ao Advogado, cabe destacar que é seu direito solicitar prazo para se manifestar no processo, sendo sempre cabível o Protesto Antipreclusivo.

8. Desconhecer o rito e os procedimentos da audiência

A audiência do Justiça Federal é diferente da audiência no Juizado Especial Civil, que é diferente da audiência na Justiça do Trabalho. Além disso, existem os ritos sumaríssimo, sumário e ordinário, que também se diferenciam. Isso exige que você se prepare especialmente para aquele ato, conforme os procedimentos específicos da audiência que vai realizar.

Uma alternativa é reler artigos e leis aplicáveis e estar atento aos momentos de praticar estas ou aquelas ações. Para saber como o juiz se comporta ou ter uma ideia de como de como funciona a audiência do início ao fim, assista a algumas delas com o mesmo juiz antes da sua. Essa é uma boa estratégia de preparação.

10. Elaborar procurações com erros

Ao elaborar a procuração ou substabelecimento, todos os atos a serem executados devem ser descritos, sob pena do outorgado ser impedido de realizar algum ato pro ausência de expressa permissão procuratória. Tem-se por exemplo o poder de declaração de hipossuficiência ou ingresso de Ação Penal Privada (Art. 44 CP), os quais devem estar expressamente autorizados. Esses devem ser delineados corretamente, pois qualquer falha pode levá-lo a ficar em prejuízo na realização dos atos.

Como você pode perceber, a falta conhecimento da causa, bom-senso, responsabilidade processual ou mesmo experiência podem comprometer o resultado do processo.

Agora você já sabe alguns dos principais erros cometidos na atuação processual. Fazer um planejamento, ter organização e contar com modelos de documentos jurídicos antes da audiência são ótimas alternativas a serem implementadas para evitar que problemas aconteçam e possam prejudicar o seu trabalho.

Gostou deste post? Então compartilhe e deixe seu comentário sobre outras falhas ou mancadas que podem complicar um pouco nosso dia a dia forense!

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